Fórum PE Sustentável aborda resíduos sólidos na ilha

quinta-feira, 01 de maio de 2025

Destinação correta dos resíduos sólidos da ilha para o continente, o reuso adequado da compostagem de lixo, reaproveitamento da água das chuvas pelos estabelecimentos e mais de 200 pousadas instaladas e a energia utilizada pela matriz do diesel poluente foram questões discutidas durante a realização do 1º Fórum Pernambuco Sustentável realizado, em maio deste ano, na ilha, no Forte Noronha. Desdobrando e ampliando o debate, a Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco vai realizar, no dia 26 de junho, o Fiepe Ambiental, fórum on-line que abre espaço para debate e proposições que sejam benéficas para as práticas de ESG.

O evento teve o propósito de, neste paraíso brasileiro, reunir informações de técnicos especialistas nas diversas searas ambientais e de representantes do governo e do setor privado que atuam e vivenciam, cotidianamente, com a infraestrutura da ilha. Para falar de reutilização de resíduos sólidos, o pousadeiro e empresário José Maria Sultanum trouxe um case adotado na Pousada Zé Maria em que reaproveita resíduos e matérias orgânicas para a confecção de utensílios como prato, copos, garfos e facas descartáveis e recicláveis utilizados nas festas promovidas no final do ano. Ele ressaltou que a pousada foi a primeira a adotar na ilha o tratamento de esgoto, possui a certificação ISO 14001, reaproveita água das chuvas para lavagem de áreas comuns e tem instalados painéis solares para fornecer energia para todo o estabelecimento, além de manter uma horta hidropônica que impacta menos o solo, não utilizando inseticidas químicos e fornecendo produtos o mais in natura possível.

O vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco – Fiepe e presidente do Conselho Temático, Anísio Coêlho, palestrou no evento sobre Economia Circular. Ele visitou a Unidade de Tratamento de Resíduos Sólidos – UTRS da ilha e deu algumas dicas de melhorias para a coleta seletiva do lixo de Noronha ser viabilizada. “Existem muitas potencialidades a serem trabalhadas na ilha como o adequado reaproveitamento de resíduos que podem gerar uma economia circular de maior valor agregado”, destaca Coelho. Ele ainda ressaltou que Noronha  é um modelo de sustentabilidade para o Brasil e é um templo de biodiversidade que dever ser preservado.