Aventureiro vence Refeno 2022

segunda-feira, 26 de setembro de 2022

Aventureiro campeão Refeno 2022 – foto Tsuey Lan

Navegando em SOLITÁRIO no Aventureiro 4, Hans Hutzler VENCE Refeno 2022

Ao completar 50 anos em 2022, o velejador pernambucano Hans Hutzler se desafiou ao decidir encarar a missão de realizar em solitário a travessia da 33ª edição da Regata Internacional Recife Fernando de Noronha (Refeno). O prêmio da aventura veio
da melhor forma possível: a bordo do Aventureiro 4 (nome mais propício não haveria), foi o primeiro a cruzar o Mirante do Boldró na noite deste domingo (25/09) – já depois das 23h (horário local) e 22h (do Recife) -, consequentemente sendo o Fita Azul da Refeno 2022. O veleiro completou as 300 milhas náuticas (560 km) até o arquipélago de Fernando de Noronha em 32 horas, 49 minutos e 56 segundos. O percurso foi realizado em um tempo maior do que o previsto em virtude da fraca intensidade dos ventos.
A partida, com 81 embarcações, ocorreu no começo da tarde de sábado (24/09), do Marco Zero do Recife. A disputa pela segunda colocação segue acirrada madrugada adentro entre o Jahu 2 (BA) e o Boto (SP).

Nunca um velejador solitário se lançou no desafio de fazer uma Refeno num barco tão grande, de 51 pés (mais de 15 metros).  Somente quatro outros velejadores fizeram essa regata solo: Carlos Portela, no Delta 26 Glasnost II em 1996; Izabel Pimentel, a bordo de um Mini Transat – 21 pés em 2008; Kan Chuh, também a bordo de um Mini Transat – 21 pés em 2012; além de Carlos Bianco Fernandez, no Winsdom – 28 pés em 2016 e 2019.

O Aventureiro 4 quebra também uma hegemonia de dois barcos que já durava sete anos. De 2014 a 2017, o Fita Azul foi o Camiranga (RS); já as últimas três edições (2018, 2019 e 2021) foram dominadas pelo Patoruzú (PE) – em 2020 não houve regata em virtude da pandemia de Covid-19.

Falando no Patoruzú, que era o grande favorito ao tetra, o trimarã do comandante Carlito Moura passou seis horas à deriva em virtude do rompimento do cabo de aço que une as estruturas dos cascos. Outro que teve problema foi o Benevento (PR), do comandante italiano Ermenegildo Ignelzi, que teve que seguir para o Iate Clube da Paraíba, em Cabedelo/PB, ao ter rasgada a vela mestra.

Fonte : Assessoria de imprensa do Cabanga Iate Clube